Leia a seguir o texto informativo divulgado pelo Digital Concert Hall:
Como estava escrito certa vez em uma nota de programa da BBC, o oratório de Edward Elgar O sonho de Gerontius é, na Grã-Bretanha, um “monumento nacional”. Enquanto que em sua pátria a obra goza praticamente do mesmo prestígio de o Messias de Händel ou o Elias de Mendelssohn, no exterior cada nova apresentação representa um redescoberta. E é para uma redescoberta que a Filarmônica de Berlim e o maestro Daniel Barenboim convidam para este concerto.
No intuito de trazer O sonho de Gerontius para mais próximo do público, muitas vezes são feitas comparações, que, no entanto, apenas tocam parcialmente o cerne da obra. Alguns lembram de Morte e transfiguração, de Richard Strauss. E, de fato, também em Elgar trata-se de um moribundo, que finalmente alcança a espiritualidade celestial. Mas, diferentemente que em Strauss, aqui não se trata de batalhas e ações heroicas, mas sim de visões espirituais na passagem para o além.
Muitas vezes também são traçados paralelos com a música de Wagner, pela qual Elgar tinha veneração. De inspiração wagneriana, sem dúvida, é a estrutura de composição contínua, na qual não há subdivisões em árias e coros. E há também momentos que lembram o Parsifal. No geral, contudo, O sonho de Gerontius é uma composição absolutamente autônoma, de linguagem individual e fé persuasiva. Aliás, um dos primeiros europeus do continente a reconhecer o valor do oratório foi Richard Strauss, que, após uma apresentação, elogiou Elgar como “o primeiro dos músicos progressistas da Inglaterra”.
Serviço:
Sábado, 14/01/2012, 17 horas (horário de Brasília)
Berliner Philharmoniker
Daniel Barenboim, regente
Anna Larsson, mezzo soprano
Ian Storey, tenor
Kwangchoul Youn, baixo
Rundfunkchor Berlin
Simon Halsey, preparação
Edward Elgar: The Dream of Gerontius, Oratorium op. 38
No intervalo: introdução de Simon Halsey
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